- Fui ao Festival de Inverno 2005 -- que se intitulava sem pretensões --
Eis que antes de começar a peça não sei porque um dos organizadores começou a proferir um monte de 'coisas' voltadas a platéia que na sua maioria era de pais de alunos, todos ansiosos para ver seus filhos e pelo que percebi não tinha 'ninguém-qualquer' muitos médicos, bancários, advogados etc (fomos todos chamados de chatos por sermos exigentes e o povo não tinha reação porque não estava entendendo 'lhufas' parecia que ele estava representando porque ele estava sentado num cadeira do cenário)! Sem sombra de dúvida, a primeira impressão, foi de estar diante uma pessoa autoritária e arrogante aproveitando de sua posição de saber/poder e assim ele foi rasgando e mandando farpas! Tem mais dois dias de festival, pode? - Olha tenho que mostrar repúdio geral, é muito díficil fazer cultura aqui em PrePru isso todo mundo sabe, mas díficil é arrebanhar o povo que só curte gado pra dentro de um 'teatrinho-porão-da-prefeitura-sem-ar-condicionado-mofado', o texto Tiradentes de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri(denso) e a performance não era lá grandes coisas apesar do esforço danado dos alunos e os mesmo não mereciam começar um espetáculo de tal forma! Eu não saio da minha casa no meu astral pra ver gente estressada (bleeeeeerg)!
- Parece que não sei ... Todas as vezes que chamo minha irmã pra ir ao teatro na expectativa de ver um bom espetáculo eu vejo cada coisa! Outro dia foi lá na Cultura Inglesa só valeu porque ela me chamou pra ver uma madre por baixo (sem comentários)! Fico achando que só descolo programa furado!
- Ah, mas aquele lugar, o Procópio Ferreira (bem que merecia um tratamento melhor - um ar condicionado pra começar...) lembrei tantas coisas: dos meus 15/16 anos, onde fiz cursos, ensaios, fotos e performances até meu aniversário comemorado com festa surpresa e tudo uma vez ... onde fiz minha 'estréia' e dos bons amigos que nunca mais vi!!! Saudade desse tempo onde teatro era teatro! Feito de maneira tão gostosa e sadia! Uma pena esse povo nunca mas nunca ter sentido tal emoção ...
Em geral, publicações deste gênero são recheadas de lembretes, frases históricas, aforismas filosóficos, previsões astrológicas, informações globais; outras vezes, trazem conselhos práticos para um mundo demasiadamente prático e pragmático. Mas aqui, as marcas do caminho do tempo e do calendário são demarcações poéticas, jardins de flores e plantas e florações feitas de poesia, as fronteiras de cada dia.